Demi Moore fazia parte do time de atores que, assim como Molly Ringwald, protagonizava comédias adolescentes e que buscava uma chance no "cinema adulto". A atriz chegou a protagonizar o longa-metragem de terror "A Sétima Profecia" e participar da comédia "Não Somos Anjos", mas estava à procura de um papel que a levasse ao estrelato. A então mulher de Bruce Willis teve sua chance com "Ghost: Do Outro Lado da Vida" (1990), em que interpretou a escultora Molly depois de concorrer com outras atrizes como Nicole Kidman e Meg Ryan.
Demi Moore usou fios curtos de nuca batida para "Ghost: Do Outro Lado da Vida"
Para transmitir a vulnerabilidade necessária para a artista que perde o marido durante um assalto, além de lágrimas - que foram cruciais para a contratação da atriz que conseguia chorar com olhar fixo, habilidade que agradou o diretor - Demi teve que cortar os cabelos e deixar o rosto em evidência. O estilo adotado, um cabelo curto de nuca "batida" já fazia sucesso na época e tinha como uma de suas porta-vozes a modelo Linda Evangelista. Inspirado na onda pixie da época, popular depois do volume da década de 1980, o corte tinha a franja reta e os fios cortados geometricamente, lembrando visual sessentista pageboy.
Além do visual pixie, a atriz raspou a cabeça em outro trabalho, anos depois de Ghost
Mesmo curto, Demi prova nas mais de duas horas de filme que o estilo pode ser versátil. Durante o longa-metragem dirigido por Jerry Zucker, a atriz usa a franja reta, o cabelo modelado para o lado e com efeito molhado e jogado para trás. Apesar de ter influenciado uma geração com seus fios curtos e castanhos escuros, o conselho de cabeleireiros britânicos colocou a atriz na lista dos "Dez penteados mais influentes do cinema" com o visual de "Até o Limite da Honra", filme de 1997 para o qual Demi raspou o cabelo para interpretar uma tenente do exército americano.